Um terremoto de magnitude 8,8 – o mais forte no mundo desde o desastre de Fukushima em 2011 – atingiu a península de Kamchatka, na Rússia, nesta quarta-feira (30), ainda noite de terça no Brasil. O abalo, considerado "superficial" (19,3 km de profundidade), gerou um tsunami com ondas de até 4 metros, que atingiram a costa russa e o Japão, levando a evacuações em massa e alertas em pelo menos 10 países, incluindo EUA, Canadá, Equador e Filipinas.
Autoridades russas relataram feridos leves e danos em estruturas, incluindo um jardim de infância destruído. Na cidade de Severo-Kurilsk, cerca de 2.000 pessoas foram retiradas após inundações. O governador de Kamchatka, Vladimir Solodov, classificou o tremor como "o mais forte em décadas".
No Japão, onde ondas de até 3 metros foram registradas, sirenes soaram em cidades costeiras e trens foram suspensos. Trabalhadores que atuam na descontaminação de Fukushima foram temporariamente evacuados, mas nenhuma usina nuclear reportou anomalias.
Alerta estendido ao Pacífico
O Sistema de Alerta de Tsunami dos EUA emitiu avisos para:
- Toda a costa oeste americana (incluindo Alasca e Havaí)
- Canadá, México, Equador e ilhas do Pacífico (Guam, Filipinas, Indonésia)
Um novo tremor de 6.9 foi registrado 48 km do epicentro, aumentando a tensão. O Serviço Geológico dos EUA (USGS) revisou a magnitude do primeiro abalo de 8.0 para 8.8 em questão de minutos.
Risco no Círculo de Fogo
Kamchatka fica no Círculo de Fogo do Pacífico, zona de alta atividade sísmica. Em 2011, um terremoto de 9.1 no Japão gerou um tsunami com ondas de 45m, matando 20 mil pessoas e causando o colapso de Fukushima – o pior desastre nuclear desde Chernobyl (1986).
Até o momento, não há registros de mortes, mas os danos ainda estão sendo avaliados. Enquanto isso, moradores de áreas costeiras seguem em abrigos temporários, e autoridades monitoram novos tremores.
*Com informações da Folhapress
Foto: Reprodução/X
