Ambiciosa e manipuladora, Maria de Fátima marcou Vale Tudo como uma das vilãs mais icônicas da teledramaturgia brasileira. Na versão original da novela, exibida em 1988, a personagem de Glória Pires surpreende ao não pagar pelos seus atos — diferente do que muitos esperariam de uma trama moralizante.
Ao fim da história, Fátima consegue o que quer: fama, status e liberdade. Ela não é presa, nem sofre grandes consequências por tudo o que fez, deixando no ar uma crítica incisiva à impunidade e à inversão de valores sociais.
Na versão anterior, ela vive um trisal entre César e um príncipe homossexual que quer um casamento de fachada para se candidatar em um cargo político por um partido conservador.
O desfecho da personagem, ousado para a época, se tornou um dos mais comentados da TV brasileira e segue atual até hoje.