O meia brasileiro Lucas Paquetá foi absolvido nesta quinta-feira (31) pelas acusações mais graves relacionadas a apostas esportivas pela Comissão Reguladora da Associação de Futebol da Inglaterra (FA). As denúncias alegavam que o jogador do West Ham teria buscado receber cartões amarelos intencionalmente em quatro partidas da Premier League para beneficiar mercados de apostas.
A decisão, que não cabe recurso, considerou que as acusações sob a Regra E5.1 não foram comprovadas durante o processo, que durou de março a junho deste ano. No entanto, Paquetá foi multado por violar a Regra F3, que trata da obrigação de colaborar com investigações, ao não fornecer informações solicitadas adequadamente.
Em suas redes sociais, Paquetá comemorou a absolvição: "Desde o primeiro dia mantive minha inocência contra essas acusações gravíssimas". O jogador agradeceu ao West Ham, torcedores e equipe jurídica pelo apoio durante os nove meses de investigação. O clube londrino, por meio da vice-presidente Karren Brady, também manifestou satisfação com o resultado, elogiando a postura profissional do atleta durante todo o processo.
As acusações originais, feitas em maio de 2024, envolviam quatro jogos específicos entre 2022 e 2023, onde Paquetá recebeu cartões amarelos. A FA alegava que essas ações teriam sido intencionais para influenciar mercados de apostas. Embora absolvido dessas acusações principais, o brasileiro enfrentou questionamentos por não cooperar plenamente com a investigação, o que resultou na aplicação da multa.
O caso chamou atenção para os mecanismos de controle de integridade no futebol inglês. Violações comprovadas da Regra E5.1 podem resultar em punições severas, incluindo banimento vitalício. A absolvição de Paquetá, contudo, reforça o princípio da presunção de inocência e os altos padrões de prova exigidos em casos desta natureza. Com a decisão, o meia está livre para continuar sua carreira na Premier League sem restrições.
Foto: Lucas Ribeiro/CBF
